A posse dos novos deputados federais e senadores aconteceu na tarde desta quinta-feira, no Congresso Nacional. Os ungidos com o voto dos eleitores assumem suas cadeiras na Câmara dos Deputados e no Senador Federal sob uma neblina de desconfiança da população e com os olhos da mídia voltados para a sua atuação. Depois de tantos escândalos ocorridos nos últimos anos, é preciso que fiquemos com as barbas de molho. Não podemos permitir que aqueles que escolhemos como representantes cometam as mesmas baboseiras que assistimos até poucos meses antes do pleito passado.
No caso de Roraima, os seus representantes na Câmara dos Deputados, a partir de agora, são os deputados Luciano Castro (PR), Édio Lopes (PMDB), Urzeni Rocha (PSDB), Maria Helena Veronese (PSB), Márcio Junqueira (PSDB), Ângela Portela (PT), Chico Rodrigues (PFL) e Neudo Campos (PP). No Senado tomou pose por Roraima Mozarildo Cavalcanti (PTB).
De todos eles, pelo menos um já inicia a sua vida parlamentar com a sua imagem bastante desgastada na mídia nacional. É o ex-governador Neudo Campos, que ocupa o incômodo lugar (pelo menos deveria ser) de campeão dos mais processados na justiça federal. Ele é acusado de comandar o esquema de desvio de recursos da folha de pagamento do Estado de Roraima, da qual foram desviados mais de 90 milhões de reais. Em todo o país o caso ficou conhecido como “escândalo dos gafanhotos”, uma metáfora usadas para os “comilões” da folha de pagamento. Ele responde a 30 processos na Justiça.
Cabe à população brasileira demonstrar maturidade na sua vivência democrática e passar a fiscalizar com olhos de lince os seus escolhidos. Afinal, como diz a Constituição Federal, “todo poder emana do povo, para o povo e em seu nome deve ser exercido”. Logo, ao primeiro sinal de pilantragem dos novos parlamentares, o povo tem que fazer pressão total para que eles sejam destituídos. Chega de passividade.