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3 de novembro de 2011

Carta de Foz do Iguaçu - 1º Encontro Mundial de Blogueiros

O 1º Encontro Mundial de Blogueiros, realizado em Foz do Iguaçu (Paraná, Brasil), nos dias 27, 28 e 29 de outubro, confirmou a força crescente das chamadas novas mídias, com seus sítios, blogs e redes sociais. Com a presença de 468 ativistas digitais, jornalistas, acadêmicos e estudantes, de 23 países e 17 estados brasileiros, o evento serviu como uma rica troca de experiências e evidenciou que as novas mídias podem ser um instrumento essencial para o fortalecimento e aperfeiçoamento da democracia.
Como principais consensos do encontro – que buscou pontos de unidade, mas preservando e valorizando a diversidade –, os participantes reafirmaram como prioridades:

- A luta pela liberdade de expressão, que não se confunde com a liberdade propalada pelos monopólios midiáticos, que castram a pluralidade informativa. O direito humano à comunicação é hoje uma questão estratégica;
 
- A luta contra qualquer tipo de censura ou perseguição política dos poderes públicos e das corporações do setor. Neste sentido, os participantes condenam o processo de judicialização da censura e se solidarizam com os atingidos. Na atualidade, o WikiLeaks é um caso exemplar da perseguição imposta pelo governo dos EUA e pelas corporações financeiras e empresariais;
 
- A luta por novos marcos regulatórios da comunicação, que incentivem os meios públicos e comunitários; impulsionem a diversidade e os veículos alternativos; coíbam os monopólios, a propriedade cruzada e o uso indevido de concessões públicas; e garantam o acesso da sociedade à comunicação democrática e plural. Com estes mesmos objetivos, os Estados nacionais devem ter o papel indutor com suas políticas públicas.
 
- A luta pelo acesso universal à banda larga de qualidade. A internet é estratégica para o desenvolvimento econômico, para enfrentar os problemas sociais e para a democratização da informação. O Estado deve garantir a universalização deste direito. A internet não pode ficar ao sabor dos monopólios privados.
 
- A luta contra qualquer tentativa de cerceamento e censura na internet. Pela neutralidade na rede e pelo incentivo aos telecentros e outras mecanismos de inclusão digital. Pelo desenvolvimento independente de tecnologias de informação e incentivo ao software livre. Contra qualquer restrição no acesso à internet, como os impostos hoje pelos EUA  no seu processo de bloqueio à Cuba.
 
Com o objetivo de aprofundar estas reflexões, reforçar o intercâmbio de experiências e fortalecer as novas mídias sociais, os participantes também aprovaram a realização do II Encontro Mundial de Blogueiros, em novembro de 2012, na cidade de Foz do Iguaçu. Para isso, foi constituída uma comissão internacional para enraizar ainda mais este movimento, preservando sua diversidade, e para organizar o próximo encontro.

20 de fevereiro de 2010

O cinema de Karim Aïnouz

Belo Horizonte - Na época em que me preparava para defender o projeto de final de curso, um documentário, fruto de 18 meses de trabalho árduo, leituras incessantes e descobertas saborosas. Em uma de minhas conversas com a orientadora, construímos o que seria a última questão que me tiraria o sono durante o restante da graduação: na atual sociedade, somos tomados por uma enxurrada de imagens, talvez não fosse a hora de olhar para todos esses signos com menos preconceito? E mais, não seria a hora de começarmos a pensar em como inserir mais imagens – com qualidade – nesse universo? Isso deu muito pano para manga e anotações para o dr. maluco.
alguns anos se passaram... e num é que trabalhando na 13ª Mostra de Cinema de Tiradentes 2010, não me deparei mais uma vez com a velha questão? E o que me consola, é que dessa vez o assunto pairou no discurso do homenageado do festival, o cineasta Karim Aïnouz - o cara é cearense e rodou Madame Satã, O Céu de Suely, Viajo Porque Preciso, Volto Porque te Amo, entre tantos outros. Confira (a qualidade do vídeo não das melhores... mas o áudio está bom):




o fato da mostra ter escolhido Aïnouz como homenageado também é assunto cheio, mas isso fica para a próxima.

3 de janeiro de 2010

Belo Horizonte - também... com a escola que ele teve. não poderíamos esperar muita coisa não.

26 de outubro de 2009

Maitê Proença irrita portugueses

Republicamos aqui um post do jornalista Antunes Ferreira sobre como o "jeitinho" brasileiro pode ser ofensivo:


O mal e a caramunha

Esta semana que hoje termina foi dominada pelo caso Maitê Proença. O assunto, de tão divulgado, comentado e criticado, é do conhecimento generalizado. Mesmo assim, aqui o resumo. A «senhora», que já por várias vezes este por cá – para representar em palco e promover os livros de sua autoria, ou seja, para aumentar a sua conta bancária com a colaboração dos Portugueses – tinha feito um vídeo sobre o nosso País em que escarnecia dos Tugas, ou seja, nos insultava com a gozação, e que passara na TV Globo já em 2007, mais precisamente no programa «Saia Justa».

Mas, ainda que com um belo atraso, o episódio chegou aqui. Um chorrilho de asneiras, umas atrás das outras que culminavam com a «distinta» actriz a cuspir na água da fonte existente nos Jerónimos. Coisa pouca, por conseguinte. Sabem-no todos: existe neste País um ditado que reza que quem não se sente, não é filho de boa gente. E os Lusos sentiram que tinham sido ofendidos – e de que maneira. A velha estória de morder a mão que lhe dá de comer.

As televisões passaram o desgraçado vídeo, no qual um grupo feminino (ao que parece constituído pelos elementos do programa e pela própria Maitê Proença) gozava com as alarvidades que a «dona» fabricara. A internet, em consonância com os ecrãs, ampliou o miserável assunto, com a força que se lhe reconhece. Os cidadãos aumentaram o tom dos comentários, excedendo-se até em muitas circunstâncias.


Leia mais no blog do Antunes Ferreira.

27 de novembro de 2007

Jogo de interesses

Boa Vista - A frase abaixo é a definição do que é fazer política no Brasil.

"Na política só se faz duas coisas:
ou se acomoda interesses ou se
incomoda interesses".


A quase totalidade dos políticos brasileiros, que se intitulam representantes do povo, na verdade só representam seus próprios interesses. Muitos chegam às casas legislativas municipais, estaduais e federais com o propósito de defenderem seus negócios – muitos são empresários – ou o negócio dos grupos que financiaram suas campanhas.

Acomodar interesses é uma espécie de sistema econômico paralelo que funciona nos parlamentos. Em troca da satisfação de determinados interesses se vota favorável a projetos que de outra forma não passariam. Tanto é assim, que quando determinado vereador, deputado ou senador tem o seu interesse contrariado trata logo de romper com o governante de plantão.

Quando os interesses são contrariados, surgem os opositores ferrenhos. O mundo da política partidária é movido por esse jogo de interesses particulares. O povo, em nome de quem o poder deveria ser exercido de fato, fica a ver navios. Mensalões e mensalinhos sempre existiram para fazer com que parlamentares reticentes amoleçam o coração e votem a favor dos projetos “de interesse da sociedade”.

A distribuição de cargos, de posições importantes em comissões, enfim, para se ter a concordância de parlamentares é o que vale. Assim, o governante tem que se transformar num corruptor, do contrário não consegue governar. Daí nascem todos os outros vícios da administração pública, o que termina por atrofiar o fazer político.

O Brasil é um exemplo de uma nação totalmente coxa no que diz respeito à prática política. Como disse um deputado gaúcho no encontro da União Nacional dos Legislativos Estaduais, realizado em Roraima recentemente, “o Congresso Nacional se transformou num grande mercado”. Infelizmente.

18 de janeiro de 2006

Se não é fácil salvar meia ilha, como conduzir um projeto de nação?

Belo Horizonte - O Haiti é nosso Iraque. Como ser nação amiga, capacetes azuis pró-paz sem a prometida ajuda financeira da ONU? Estamos virando força invasora. Se não há dinheiro para investimento social e pelotões armados circulam entre pessoas já suficientemente acuadas pela pobreza e corrupção, é hora de voltar pra casa.