28 de março de 2006

Polititica

A casa do ministro da Fazenda caiu. A do caseiro, também. O caseiro foi às compras. Lu Alckmin, também, na Daslu. Enquanto isso, a Rede Globo emociona a nação com sua corrente do bem para salvar um menino do tráfico.

20 de março de 2006

Demônios

Belo Horizonte - Cidadãos de classe média consideram-se eminências pardas do conjunto social. É como se sua opinião fosse mais importante, suas necessidades mais prementes, suas aspirações mais elegantes. Nesse conjunto de mímicas, destaca-se à crítica ao sistema, ao Hip-Hop e à TV Globo. É muito fácil demonizar a Globo. É muito fácil demonizar o Hip-Hop. É muito fácil criticar o sistema, culpar o poder público pela degradação social das grandes cidades.

A classe média brasileira é caolha. Não enxerga os meninos nos sinais. Não apresenta idéias a seus representantes no Congresso. Não acredita que o grupo de homens sentados na calçada no pedaço de periferia que precisou entrar para facilitar o tráfego são apenas desempregados, não bandidos. Enquanto a média chafurda na reclamação pouco reflexiva sobre o papel do estado, os impostos e os juros - geralmente uma reprodução do discurso burguês -, a classe alta aplaca sua consicência com doações esporádicas a instituições de caridade que nunca visitam, com a adoção de crianças que nunca viram.

Por tudo isso é que Falcão: Meninos do Tráfico, dói de forma única em nossa alma pequena. Ao retratar o cotidiano de crianças em situação de risco social, assistindo assassinatos, roubando para alimentar-se, drogar-se e sobreviver mais um dia (quantos mais?), a TV Globo e a Central Única das Favelas nos espancam com imagens e depoimentos dolorosos. Nunca fomos tão insultados em nosso comodismo social. Fazer o quê, agora?

10 de março de 2006

Os cornos somos nós

Andei pensando sobre a história do deputado estadual do Amazonas que partiu para cima do namorado da ex-mulher.
Fiquei embalado pela entrevista que ela deu em A Crítica, em que confessa ser um gafanhotão do ex-marido. Ela diz para todo mundo ler que recebia sem trabalhar do gabinete do deputado.
É nosso dinheiro servindo de mimo para a conquista de Don Juans valentões.
A ex-mulher não traiu o deputado. Ex é ex. O grande traidor é quem usa nosso dinheiro para pagar gente que não trabalha.
Acho que podemos até abrir uma enquente, quem merece levar a facada na bunda?

9 de março de 2006

Chifres e facadas

O deputado estadual Francisco Balieiro tentou armar para cima da ex-mulher e acabou exposto em rede nacional, com direito a comentário irônico da Ana Paula Padrão ("Isto AINDA acontece").
Foi preso e pode responder processo por lesão corporal grave, deu uma facada na bunda do namorado da moça, um policial federal.
Acompanhado por um segurança, ele invadiu a casa da ex-mulher bem cedinho e encontrou o namorado dela dormindo. Ela já tinha saído para trabalhar.
O deputado diz que o tal namorado se jogou contra a parede e se machucou no vidro.
O policial diz que o deputado tentou matá-lo.
Isto tudo, no Dia Internacional da Mulher.