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10 de janeiro de 2009
9 de janeiro de 2009
como se alimenta o fundamentalismo?


Garotinho palestino chora nos corredores de uma escola da ONU na Faixa de Gaza. Ele está abrigado no local desde que teve de fugir de casa com a família, devido aos ataques das tropas de Israel. Uma outra escola das Nações Unidas que virou abrigo para os refugiados foi alvo de um ataque aéreo israelense. A ação matou três pessoas.

Palestino observa destroços de prédios atingidos por ataques aéreos no 14º dia da ofensiva israelense à região. O Conselho de Segurança da ONU pediu que Israel retirasse suas tropas de Gaza, após abstenção dos EUA na votação.

Garoto palestino chora em funeral de vítima de ataque aéreo na Faixa de Gaza. O conflito, que está prestes a entrar na terceira semana, já matou mais de 700 palestinos.
queira Deus, Allah, Ogum, Brahma ou seja lá quem mais for,
que as lágrimas de hoje não se transformem no terror de amanhã.
que as lágrimas de hoje não se transformem no terror de amanhã.
Nova Lima - Estima-se que pelo menos dois milhões de palestinos foram expulsos de suas terras (hoje são quatro milhões que ainda vivem fora da Palestina e que lhes é negado o direito ao retorno, diferente da Lei do retorno, que garante, automaticamente a todo judeu vivendo em qualquer parte do mundo a sua volta à Palestina, hoje Israel). Assim, não há que se falar em conflito religioso, como a mídia insiste. Mesmo no caso dos muçulmanos e cristãos.
8 de janeiro de 2009
*Carta aos judeus
Há mais de 60 anos seu povo clamou
ao mundo por solidariedade.
Chegou o momento de retribuir,
de mostrar que a solidariedade é um
sentimento universal
ao mundo por solidariedade.
Chegou o momento de retribuir,
de mostrar que a solidariedade é um
sentimento universal
Por mais que o governo de Israel e todos os que o apoiam tentem, não irei odiar vocês, irmãos judeus. Ainda que as tropas israelenses matem centenas de crianças e pessoas inocentes, não irei desejar a morte de suas crianças nem jogar a culpa na totalidade de seu povo.
Mesmo que manchem a Faixa de Gaza com o sangue de um povo que também corre em minhas veias, metade árabe, não irei revoltar-me contra nenhuma etnia nem julgar que há raças melhores ou com mais direitos que outras, como quer nos fazer acreditar o governo israelense.
Embora eu também queira ouvir as vozes judaicas de protesto contra o massacre dos palestinos, não deixarei de condenar os que se calaram diante do holocausto judeu. E, mesmo que tomem à força a terra do povo árabe, não irei jamais apoiar o confisco dos bens do povo judaico, praticado há tempos pelo governo nazista.
Por mais que o governo de Israel e todos que o apoiam traiam a tradição hebraica dos grandes profetas que clamaram por justiça e paz, ainda quero manter viva a esperança que eles anunciaram. Mesmo que joguem sua memória na lata de lixo, faço dos profetas do antigo Israel os meus profetas, pois o anúncio da justiça não distingue credos, nações ou etnias.
Sei que muitos de vocês condenam a violência, não apoiam o massacre dos árabes palestinos e gostariam que o governo de Israel respeitasse as decisões da ONU e o clamor da comunidade internacional pelo cessar-fogo imediato. Mas gritem! Se sua voz não for ouvida, acreditar-se-ão com razão aqueles que ainda falam mal de seu povo.
Mesmo que sejam deploráveis todos os antissemitas, o silêncio dos judeus diante do massacre perpetrado pelo país que ostenta a estrela de Davi na bandeira pode ser usado como reforço para os argumentos torpes da superioridade racial.
Há mais de 60 anos seu povo clamou ao mundo por solidariedade. Chegou o momento de retribuir, de mostrar que a solidariedade é um sentimento universal e não restrito a uma etnia. Não deixem o governo de Israel fazer esquecer o quanto vocês sofreram como vítimas, só porque agora ele é algoz e está protegido pela maior potência mundial, os EUA.
Não permitam que a ação de Israel faça parecer que, apesar das manifestações mundiais de condenação, seu Estado se acredita o único que possui razão, pois era assim que o governo alemão pensava no tempo do nazismo.
Estejam certos de uma coisa: independentemente do resultado da absurda campanha israelense ou qualquer que seja a posição de seu povo diante da violência e injustiça cometida por aquele país, não irei ceder à tentação do pensamento racista; não irei apagar da minha memória a catástrofe do nazismo e o sofrimento do povo judeu; não irei pensar que há povos que não merecem nação e que devem ser eliminados; não deixarei de condenar o antissemitismo ou qualquer tipo de preconceito étnico.
Continuarei defendendo a ideia de que todos, sem distinção, somos iguais e temos os mesmos direitos: judeus, negros, árabes, índios, asiáticos etc. Manter-me-ei firme em minhas convicções, pois jamais quero me igualar aos governantes de Israel e àqueles que o apoiam.”
Faço minhas as palavras de meu querido amigo Maurício Abdalla, companheiro no Movimento Fé e Política, professor de filosofia da Universidade Federal do Espírito Santo e autor de reconhecida qualidade, como o comprova o texto acima, que tão bem traduz a indignação e a dor de tantos que testemunhamos a guerra do Oriente Médio.
Vários intelectuais judeus têm manifestado indignação frente às operações do Estado de Israel. Tom Segev, historiador e cientista político, escreveu no Haaretz que “Israel sempre acreditou que causar sofrimento a civis palestinos os faria rebelarem-se contra seus líderes nacionais, o que se mostrou errado várias vezes”. O escritor Amos Oz sublinhou: “Chegou o tempo de buscar um cessar-fogo”, com o que concorda o escritor David Grossman e o ex-chanceler israelense Shlomo Ben-Ami.
por Frei Betto, escritor, autor de A mosca azul –
reflexão sobre o poder (Rocco), entre outros livros.
reflexão sobre o poder (Rocco), entre outros livros.
17 de maio de 2008
Sobre índios e arrozeiros
Manaus - Não tenho dúvida em defender a transferência dos arrozeiros da Terra Indígena Raposa Serra do Sol para outras áreas do estado. Áreas que até já foram encontradas e avaliadas pela Embrapa e que poderiam estar produzindo, e bem, dentro de pouco tempo.
Os índios vivem na terra onde nasceram a viveram toda a vida, onde nasceram seus pais, avós e tudo mais. É realmente o lugar de vida deles, não é apenas um meio de produção, de onde se tira a riqueza ou o produto transformado em riqueza, é um lugar de vida, de onde não pretendem sair ou se saírem perdem a própria referência de quem são. Um macuxi emigrado não é o mesmo macuxi das Serras, é um índios desterrado, sem as referências culturais transmitidas pela família e seu povo e que ainda vai demorar um pouco para se acostumar a uma nova cultura.
Este índio é um novo ser, um novo brasileiro da periferia, que depois de malogrado o sonho da cidade, de ter as mãos calejadas de subempregos vai se reunir a um grupo de agricultores também desterrados e tentar a sorte como colono da reforma agrária. E então será o invasor dos latifúndios que tomaram o lugar de suas antigas malocas.
O produtor de arroz é um capitalista, sem que eu considere esta uma palavra ofensiva. É na verdade um motor da economia, mas um motor que pode funcionar em outras áreas. O capitalismo não escolhe lugar, é desterrado pela própria natureza, por seu empreendedorismo. São gaúchos em busca de terras para plantar, colher e prosperar. Novos bandeirantes incapazes de ver algo mais do que um mundo para explorar. Estão na Raposa Serra do Sol, mas poderiam estar a alguns quilômetros mais ao sul, onde há áreas adequadas para o plantio de arroz. Eles não precisam da Terra Indígena, mas quanto mais terras melhor.
E nestes condições, entre a vida e a riqueza, acho ainda que a vida é mais importante. E como poderiamos defender a prosperidade de alguns, com a ruína de tantos outros.
Os índios vivem na terra onde nasceram a viveram toda a vida, onde nasceram seus pais, avós e tudo mais. É realmente o lugar de vida deles, não é apenas um meio de produção, de onde se tira a riqueza ou o produto transformado em riqueza, é um lugar de vida, de onde não pretendem sair ou se saírem perdem a própria referência de quem são. Um macuxi emigrado não é o mesmo macuxi das Serras, é um índios desterrado, sem as referências culturais transmitidas pela família e seu povo e que ainda vai demorar um pouco para se acostumar a uma nova cultura.
Este índio é um novo ser, um novo brasileiro da periferia, que depois de malogrado o sonho da cidade, de ter as mãos calejadas de subempregos vai se reunir a um grupo de agricultores também desterrados e tentar a sorte como colono da reforma agrária. E então será o invasor dos latifúndios que tomaram o lugar de suas antigas malocas.
O produtor de arroz é um capitalista, sem que eu considere esta uma palavra ofensiva. É na verdade um motor da economia, mas um motor que pode funcionar em outras áreas. O capitalismo não escolhe lugar, é desterrado pela própria natureza, por seu empreendedorismo. São gaúchos em busca de terras para plantar, colher e prosperar. Novos bandeirantes incapazes de ver algo mais do que um mundo para explorar. Estão na Raposa Serra do Sol, mas poderiam estar a alguns quilômetros mais ao sul, onde há áreas adequadas para o plantio de arroz. Eles não precisam da Terra Indígena, mas quanto mais terras melhor.
E nestes condições, entre a vida e a riqueza, acho ainda que a vida é mais importante. E como poderiamos defender a prosperidade de alguns, com a ruína de tantos outros.
24 de março de 2008
Faça o que eu digo, não o que faço.
Boa Vista - A TV Record acusa a TV Globo de intolerância. Guerra de mídia ou guerra religiosa? A Globo apresenta personagens de telenovela que estereotipam ações teatrais e pouco sutis de certos cultos pentecostais, mas o que pode soar ofensivo ao público evangélico é permitido por lá: a Record discrimina com freqüência cultos afro-brasileiros e já promoveu chutes à imagem de Nossa Senhora Aparecida em rede nacional. O direito à discriminação só vale para um lado? Que tal respeito mútuo e tolerância num país que é CONSTITUCIONALMENTE LAICO??
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