30 de outubro de 2005
Democracia
O POST DO ISRAEL Barros é justo e impactante, mas os efeitos dele nos comentários são um exemplo cabal de como a blogosfera engendra a cidadania social. Confira.
24 de outubro de 2005
Invasão roqueira
Boa Vista - Expulsos pela vizinhança, que chamou a polícia para dar um jeito na zoeira da bateria e das guitarras, bandas e público deixaram na sexta (21) o bar Tribos do Rock, no bairro Liberdade, zona oeste de Boa Vista, e decidiram tomar de assalto o pequeno palco da praça do vizinho bairro Pricumã, a uns dois quilômetros de distância.
Com um som improvisado e muita disposição, as bandas apresentaram-se para um grupo de aproximadamente 80 pessoas, de idades variadas e bastante vontade de ouvir rock na praça, completamente vazia até a chegada dos invasores. Entre 22 e uma da manhã, tocaram, entre as que me lembro o nome, as bandas Mr. Jungle, Sheep e LN3.
Quem passava em frente à praça, logo parava e dizia surpreso "que não estava sabendo do show" e "que estava gostando muito da idéia". Da vizinhança, pouco a pouco apareciam caras novas, surpresas com a movimentação.
As apresentações da Mr. Jungle e da LN3 priorizaram as composições próprias e a turma do gargalo acompanhou as letras mais conhecidas. Na verdade, havia esse pedaço do público, a menos de um metro das bandas, e o que estava a uns 10 metros, bebendo e conversando.
O abastecimento de bebidas, doces e salgados para os esfomeados ficou por conta da loja de conveniências do posto de gasolina atrás do palco. Outros já chegaram na festa improvisada com o seu garrafão de vinho, gelo e copos de plástico para manter-se devidamente hidratados.
O bom de o som ser basicamente plugar e cantar, sem muita equalização para fazer, é que os intervalos entre as bandas eram mínimos. Mas a clareza dos vocais não foi essas coisas. Coisas aceitáveis numa invasão de praça para fazer roquenrol e movimentar a cena musical roraimense.
Sobre a hora exata do fim da farra, os que ficaram até o final e foram consultados na outra noite, no show de Tributo a Pink Floyd, não souberam definir com certeza. Mas parece que passou fácil das 2h30 da madrugada.
Para a próxima sexta, segundo foi dito, o encontro está marcado para cedo no Tribos do Rock, lá pelas 17h. Assim haverá tempo para ouvir muita música até que bata o toque de silêncio das dez da noite. E já houve quem falasse também em ocupar novamente a praça do Pricumã.
Com um som improvisado e muita disposição, as bandas apresentaram-se para um grupo de aproximadamente 80 pessoas, de idades variadas e bastante vontade de ouvir rock na praça, completamente vazia até a chegada dos invasores. Entre 22 e uma da manhã, tocaram, entre as que me lembro o nome, as bandas Mr. Jungle, Sheep e LN3.
Quem passava em frente à praça, logo parava e dizia surpreso "que não estava sabendo do show" e "que estava gostando muito da idéia". Da vizinhança, pouco a pouco apareciam caras novas, surpresas com a movimentação.
As apresentações da Mr. Jungle e da LN3 priorizaram as composições próprias e a turma do gargalo acompanhou as letras mais conhecidas. Na verdade, havia esse pedaço do público, a menos de um metro das bandas, e o que estava a uns 10 metros, bebendo e conversando.
O abastecimento de bebidas, doces e salgados para os esfomeados ficou por conta da loja de conveniências do posto de gasolina atrás do palco. Outros já chegaram na festa improvisada com o seu garrafão de vinho, gelo e copos de plástico para manter-se devidamente hidratados.
O bom de o som ser basicamente plugar e cantar, sem muita equalização para fazer, é que os intervalos entre as bandas eram mínimos. Mas a clareza dos vocais não foi essas coisas. Coisas aceitáveis numa invasão de praça para fazer roquenrol e movimentar a cena musical roraimense.
Sobre a hora exata do fim da farra, os que ficaram até o final e foram consultados na outra noite, no show de Tributo a Pink Floyd, não souberam definir com certeza. Mas parece que passou fácil das 2h30 da madrugada.
Para a próxima sexta, segundo foi dito, o encontro está marcado para cedo no Tribos do Rock, lá pelas 17h. Assim haverá tempo para ouvir muita música até que bata o toque de silêncio das dez da noite. E já houve quem falasse também em ocupar novamente a praça do Pricumã.
Referendo
Belo Horizonte -Somos uma nação de bárbaros que detém o recorde mundial em número de assassinatos (o Iraque é mais seguro) e ainda decide que comercializar artefatos de assassínio e portar armas de fogo é um exercício de democracia. O pensamento futebolístico prevaleceu.
21 de outubro de 2005
Esse tal de livre arbítrio, segundo os evangélicos
Boa Vista - Sim, há quem diga que as armas são necessárias em todas as casas. Afinal, como a população, treinadíssima no uso de armamentos, poderá defender-se da violência que vem da rua? Como vai responder com fogo a uma agressão a sua propriedade? E de mais a mais, proibir é coisa da ditadura, não de uma bela democracia como a brasileira.
São argumentos meia-boca, mas que deixam na dúvida algumas pessoas. Agora, dizer que o direito de ter uma arma é uma perrogativa divina e que depende do livre arbítrio que o homem ganhou no ato da criação, bem lá no Gênesis, é demais.
Depois dizem que não gosto dos evangélicos.
São argumentos meia-boca, mas que deixam na dúvida algumas pessoas. Agora, dizer que o direito de ter uma arma é uma perrogativa divina e que depende do livre arbítrio que o homem ganhou no ato da criação, bem lá no Gênesis, é demais.
Depois dizem que não gosto dos evangélicos.
13 de outubro de 2005
Referendo Utópico
Divinópolis - Meninada, o referendo brasileiro sobre a legalização das armas, está mais emocionante do que o Campeonato Brasileiro. Pelo menos nele, ainda não teve manipulação de resultados (lembre-se, eu escrevi “ainda”).
Os dois lados são claros: o primeiro é o governo utilizando todo recurso financeiro e atores globais disponíveis para desviar a atenção das vagarosas CPIs, já o segundo é a Bancada da Bala, que não quer perder este rentável negócio de fabricação de armas.
Eu nem sei em qual opção votar, acho que os dois lados têm a razão. O “Sim” tem muito argumento de apelo emocional, já o “Não” tem defendido que o referendo é uma afronta ao direito de escolha do cidadão, já que ele tem por direito decidir se quer ter uma arma ou não.
Porém, apesar da função política deste referendo, tento utopicamente pensar que nós brasileiros estamos na contra-mão mundial.
Enquanto muitos países desenvolvem armas, distribuem para países de terceiro mundo em guerras civis e estes ainda as entregam nas mãos de suas crianças, para que aprendam a lutar e eliminar o inimigo desde cedo, nós brasileiros temos a oportunidade de escolher acabar com o negócio mais rentável do mundo, apenas usando um dedo.
É ou não é um ponto de vista interessante?
Pelo menos para minha utopia pessoal, sim!
Os dois lados são claros: o primeiro é o governo utilizando todo recurso financeiro e atores globais disponíveis para desviar a atenção das vagarosas CPIs, já o segundo é a Bancada da Bala, que não quer perder este rentável negócio de fabricação de armas.
Eu nem sei em qual opção votar, acho que os dois lados têm a razão. O “Sim” tem muito argumento de apelo emocional, já o “Não” tem defendido que o referendo é uma afronta ao direito de escolha do cidadão, já que ele tem por direito decidir se quer ter uma arma ou não.
Porém, apesar da função política deste referendo, tento utopicamente pensar que nós brasileiros estamos na contra-mão mundial.
Enquanto muitos países desenvolvem armas, distribuem para países de terceiro mundo em guerras civis e estes ainda as entregam nas mãos de suas crianças, para que aprendam a lutar e eliminar o inimigo desde cedo, nós brasileiros temos a oportunidade de escolher acabar com o negócio mais rentável do mundo, apenas usando um dedo.
É ou não é um ponto de vista interessante?
Pelo menos para minha utopia pessoal, sim!
Trecho retirado do blog de crônicas: Cantin do Jô
10 de outubro de 2005
Extrema direita religiosa
Boa Vista - Além de eleger-se usando a fé como principal proposta eleitoral, sem propostas sólidas fora do altar, a bancada evangélica usa despudoramente a tribuna da Câmara Federal para fazer proselitismo e atacar as minorias.
Até aí, tudo bem. Não se pode esperar muito de uma bancada que se fez forte na base da coerção religiosa, da isenção de impostos para suas igrejas e que tem como principal argumento a falaciosa afirmativa de representarem, em suas diversas facções, a palavra do que chamam de único e verdadeiro deus.
Afinal, se a verdade está com eles, que se danem as diferenças culturais deste planeta chamado Terra.
Mas que deviam respeitar a língua portuguesa e contratar revisores para os textos que enviam aos jornais, ah, isso deviam. Quem sabe assim, poupavam o mundo de títulos como este:
Propaganda promotora do homssezualismo - Pastor Frankembergen
Até aí, tudo bem. Não se pode esperar muito de uma bancada que se fez forte na base da coerção religiosa, da isenção de impostos para suas igrejas e que tem como principal argumento a falaciosa afirmativa de representarem, em suas diversas facções, a palavra do que chamam de único e verdadeiro deus.
Afinal, se a verdade está com eles, que se danem as diferenças culturais deste planeta chamado Terra.
Mas que deviam respeitar a língua portuguesa e contratar revisores para os textos que enviam aos jornais, ah, isso deviam. Quem sabe assim, poupavam o mundo de títulos como este:
Propaganda promotora do homssezualismo - Pastor Frankembergen
6 de outubro de 2005
Armas
Belo Horizonte - O referendo sobre a legalidade da venda de armas de fogo no Brasil tornou-se uma guerra entre pesquisas que não ajuda ninguém a refletir sobre o assunto, embora tenha sido útil a novas discussões sobre o papel da mídia na cidadania. De um lado, a campanha pela proibição abusa da imagem de artistas e celebridades, esquecendo do cidadão comum. De outro, o povo bélico questiona as pesquisas apresentadas pela campanha adversária, o que é insuficiente para convencer a todos que carregar armas por aí, como nos tempos das diligências, é um direito fundamental. Mas qual a definição de direito? O Vitor, que é o assessor jurídico do Ciberdissidência, pode nos ajudar nesse imbroglio: portar uma arma e poder matar os outros é um direito? Para a Lei, isso tem a mesma importância que o direito à vida?
Subscrever:
Mensagens (Atom)