31 de dezembro de 2010

Mike Guy-bras e Lionela - Redemption Song Bob Marley




Mike Guy-bras é um cantor guianense radicado em Boa Vista, Roraima, onde lidera uma banda chamada Guy-Bras. Já se apresentou em diversos estados do Brasil. Lionela é a sua filha, que sempre o acompanhou em suas apresentações e agora também assume os vocais nos shows.
A gravação foi feita no aniversário de 41 anos de Mike, na Casa Cultural do Coletivo Arteliteratura Caimbé

22 de setembro de 2010

CAMPANHA DO VOTO CASSANTE

O PODER DO VOTO


• Todos os dias você lê nos jornais e vê na televisão o desrespeito dos nossos políticos com o voto que nas eleições lhes outorgamos:

• Vemos políticos mensaleiros que utilizam recursos desviados dos cofres

públicos.

• Vemos políticos envolvidos em negociatas envolvendo empresas publicas e empresas privadas.

• Vemos políticos inocentando os colegas pegos com a mão na combuca, sem que a opinião publica tenha o menor valor no seu conceito.

• Vemos que os políticos envolvidos nessas negociatas não são exclusivamente de um partido político.


PROPOSTA


• Vote no partido de sua preferência!

• Não vote em branco!

• Não vote nos atuais políticos, mesmo naqueles que não estejam envolvidos nos escândalos conhecidos! pois eles, mediante voto secreto, defendem os que estão.

Não sendo reeleitos, os atuais políticos voltarão para suas atividades normais, sabendo que o voto popular tem o poder de elegê-los, mas, também, este voto tem o poder de cassar o seu mandato.

Os novos eleitos saberão que poderá acontecer o mesmo com eles, caso não desempenhem seu mandato com decência.


VAMOS TROCAR OS POLÍTICOS ATÉ COLOCAR ESTE PAÍS NO RUMO CERTO!!!

12 de setembro de 2010

se essa nota,
se essa nota fosse minha...
eu mandava,
eu mandava publicar...
sem falinhas,
sem falinhas repugnantes...
só pro meu,
só pro meu patrão agradar...



e as canções de ninar só mudam de berço. mas a insônia está lá.

$inhá Mídia

Belo Horizonte: na última semana, o jornalista Paulo Paiva, um dos editores do "grande jornal dos mineiros", perdeu o emprego. o motivo?: #ninguemsabe,ninguemviu.

27 de agosto de 2010

Piada interna

Suíte é fundamental em Jornalismo, apesar do costume de privilegiar kitinetes.

Fulano anuncia que vai construir ponte ou fábrica ou que vai abrir a sessão da ONU ou que vai subir ao espaço em foguete caseiro e a imprensa publica ipsis literis, sem questionar em nenhum momento, como se a mera declaração fosse suficiente para concretizar as intenções.

Incorrido o primeiro erro, o segundo é fatal: a imprensa em muitas ocasiões não verifica, não questiona. Não faz uma atividade básica no seu trabalho que é a repercussão do tema, o que no Jornalismo chamamos de suíte.

19 de agosto de 2010

11 de agosto de 2010

Belo Horizonte - cheiro de queimado na Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais - FEAM. Será que há madeira o suficiente para assar uma pizza? Ah, nem adianta procurar algo sobre as demissões na rede ou nos jornalões da capital... ninguém sabe, ninguém viu, é o que dizem nos corredores das Mangabeiras.

Bem, é isso ai. Vou ali tomar uma garapa e pitar o meu "paioso".

10 de agosto de 2010

#cenasdavidapública – Márcio Lacerda, o prefeito-feito de BH, foi recebido com vaias na abertura da 10ª edição do Festival Internacional de Teatro de Belo Horizonte – FIT.

Íntegra no MG1.
Matéria do Hoje em Dia.
Até o Estado de Minas deu.

Bravos para a má gestão da cultura na cidade.

o pleito

Enquanto isso... nas alterosas; Anastasia, escudeiro de Aécio, chega (ou quer) em Hélio Costa. As pesquisas também dão conta de Aécio e Itamar para o senado... acho que teremos poucas surpresas por aqui.

Dilma no primeiro turno?
Alguém dá mais? Quem dá mais?

6 de julho de 2010

Jornalismo não supõe. Registra. Não adivinha. Descobre. Não julga antecipadamente. Observa. Não é a palmatória do mundo. É sua biografia.

30 de junho de 2010

Estive numa convenção multipartidária. Vi correligionários com vuvuzelas e discursos moralizantes sobre um palco tão lotado quanto a platéia. Em certo momento, um dos candidatos diz que o voto dos analfabetos foi uma conquista democrática e resolvo sair. Enquanto isso, do alto do telhado, um banner de Chico das Verduras anunciava que ele seria candidato na COVENÇÃO 2010. Emblemático

Há uma grande esquizofrenia política ocorrendo em meu Estado. Ou seja, nada de novo.
Enquanto Carol Anne é sequestrada pelos fantasmas indígenas de Poltergeist, o mais sinistro dos faxineiros aterroriza funcionários do hospital de Scrubs. Televisão rules. Desde que paga.

29 de abril de 2010

Livro Eletrônico: alerta escritores

Escrito por Ademir Assunção*

Saiu matéria na Folha de São Paulo sobre o livro eletrônico, que começa a entrar no mercado editorial brasileiro. O texto diz que os livros nacionais ainda são pouquíssimos no formato eletrônico. Por quê? Eis o trecho que mais interessa a nós, escritores: “O livreiro é um dos que defendem que o maior nó no mercado é a rediscussão dos direitos autorais. ‘O medo está aí. Isso vai inundar o Judiciário’”. O livreiro é Pedro Herz, dono da rede de livrarias Cultura. (grifo meu).

Nem todo mundo sabe, mas os autores ganham apenas 10% do preço de capa de cada livro vendido. 10%. Os outros 90% ficam com editoras, distribuidoras e livreiros. 10% é o padrão. Mas há editoras que chegam a pagar 3%. Quando falo isso para leitores que não fazem a menor idéia como funciona a remuneração de direitos autorais no Brasil, muitos ficam espantados, outros indignados.

A entrada do livro eletrônico é uma ótima oportunidade para os autores rediscutirem seus direitos autorais. Ouçam bem: é uma ótima oportunidade. As grandes livrarias já estão pressionando as editoras para venderem livros de seus autores em formato eletrônico. As editoras já estão procurando os autores para assinarem adendo aos contratos autorizando a venda em formato eletrônico.

Conversei com um advogado especialista em direito autoral essa semana. O livro eletrônico foi um dos temas da conversa. Perguntei a ele o que os autores devem fazer em relação às autorizações para comercialização do livro eletrônico. Ele foi claro e taxativo: “Enquanto não redefinirem a remuneração dos direitos autorais, não assinem. O livro eletrônico não tem custos que justifiquem manter os direitos autorais em apenas 10%”.

A matéria da Folha diz que os representantes de cada setor da cadeia produtiva do mercado editorial já estão discutindo a questão. Eu pergunto: quem representa os escritores nessas discussões? A Academia Brasileira de Letras? A União Brasileira dos Escritores? Algum escritor foi procurado para se manifestar?

O advento do livro eletrônico vai provocar grandes mudanças no mercado editorial. Entre outras coisas, vai diminuir os custos de produção dos livros e também os custos de venda pelas livrarias. Tanto escritores, quanto editores, podem fazer vendas diretas em seus sites, a custos quase zero. Essa é uma boa alternativa caso não haja acordo justo em relação ao pagamento de direitos autorais. A pressão vai ser comercial. Em resumo: há todas as condições para o preço do livro diminuir bastante (vantagem para os leitores) e o pagamento de direitos autorais subir bastante (vantagem histórica para os escritores).

Por isso, está dado o alerta: escritores em geral: não sejamos bobos. Não assinemos nenhum contrato enquanto não houver uma discussão aberta sobre direitos autorais de livro eletrônico e um acordo justo. Não caiam na balela de que estamos nos tempos de “quebra de autoria, compartilhamento de informações”, argumento que está sendo utilizado por alguns comerciantes de livros. Eles não vão “compartilhar” nossos livros. Eles vão vendê-los.

Alguns editores já compreenderam a necessidade dessa discussão com seus autores. Já perceberam que se marcarem touca vão beirar a falência, como aconteceu com as gravadoras. São poucos. E provavelmente vão tentar acordos individuais com os autores.

Eu vejo a grande oportunidade de tomarmos uma decisão coletiva. Uma decisão dessa forma vem com muito mais força. Podemos fechar um acordo que beneficie a todos. É uma oportunidade única.

É uma oportunidade única para os editores e livreiros também mostrarem que se preocupam de fato com os autores, que os vêem de fato como “parceiros” (termo da moda).

Alguém aí já se deu conta que na “cadeia produtiva do livro” (outro termo em moda), o único que não é profissional (no sentido de viver do seu trabalho) é o escritor? O livreiro é, o distribuidor é, o editor é, o gráfico é, o balconista da livraria é. Menos aquele que produz a matéria-prima para o trabalho de todos os outros da tal “cadeia produtiva”.

Pensem bem nisso. Caso não haja acordo justo, nada impede que num futuro muito próximo os próprios autores se organizem, criem uma editora virtual, e vendam seus livros diretamente, ganhando 80, 90% de direitos autorais.

Peço aos que entenderam o que diz esse texto que se manifestem. Que passem adiante. Que republiquem em seus blogues. Que discutam nos bares (não é assunto “chato”, não. Diz respeito ao nosso trabalho). Que ampliem essa discussão e pensem formas de partirmos pra ação.

É a hora.

*Ademir Assunção é poeta e jornalista, membro do Colegiado Nacional da Literatura, Livro e Leitura e integrante do Movimento Literatura Urgente

Publicado no blogue espelunca: http://zonabranca.blog.uol.com.br/

25 de fevereiro de 2010

Viva Zapata, diz o DEM

Boa Vista - Orlando Zapata, o dissidente cubano que morreu em greve de fome, era totalmente desconhecido pela mídia e pela direita brasileira. Agora que começou a campanha eleitoral, virou herói de falsos sentimentos humanitários.

Será que o DEM e os tucanos faziam campanha silenciosa em favor dos direitos humanos, defendiam dissidentes do anacrônico regime fidelista e a gente não sabia?

Hang your public relations, fellows.

23 de fevereiro de 2010

A lacuna sociológica

Boa Vista - Alguns cursos de jornalismo são demasiado técnicos, embora os estudantes achem que há pouca prática. A prática é simples e se aprende com poucas lições. O mercado de trabalho é pura prática. O que falta é práxis. Reflexão sobre o trabalho que se faz.

Muita gente considera o jornalismo repleto de violência e futilidade, mas ainda é uma das atividades mais nobres. O jornalismo leva informação, liberdade e história a todas as culturas.

Graças a nós os historiadores do futuro terão emprego. Somos os historiadores do presente, não é pouca responsabilidade. Portanto, é preciso conhecer as culturas humanas, respeitar a diversidade de povos e ideologias, mas principalmente respeitar o ser humano. E isso, o jornalismo atual (por exigência do público) não está fazendo como se espera.

20 de fevereiro de 2010

O cinema de Karim Aïnouz

Belo Horizonte - Na época em que me preparava para defender o projeto de final de curso, um documentário, fruto de 18 meses de trabalho árduo, leituras incessantes e descobertas saborosas. Em uma de minhas conversas com a orientadora, construímos o que seria a última questão que me tiraria o sono durante o restante da graduação: na atual sociedade, somos tomados por uma enxurrada de imagens, talvez não fosse a hora de olhar para todos esses signos com menos preconceito? E mais, não seria a hora de começarmos a pensar em como inserir mais imagens – com qualidade – nesse universo? Isso deu muito pano para manga e anotações para o dr. maluco.
alguns anos se passaram... e num é que trabalhando na 13ª Mostra de Cinema de Tiradentes 2010, não me deparei mais uma vez com a velha questão? E o que me consola, é que dessa vez o assunto pairou no discurso do homenageado do festival, o cineasta Karim Aïnouz - o cara é cearense e rodou Madame Satã, O Céu de Suely, Viajo Porque Preciso, Volto Porque te Amo, entre tantos outros. Confira (a qualidade do vídeo não das melhores... mas o áudio está bom):




o fato da mostra ter escolhido Aïnouz como homenageado também é assunto cheio, mas isso fica para a próxima.

15 de fevereiro de 2010

Supremo abre ação penal contra deputado Francisco Rodrigues (DEM-RR)

Boa Vista - A notícia está completa no site do STF.

O deputado será julgado pela acusação de ter beneficiado a si próprio e familiares seus com o direcionamento de R$ 1 milhão de recursos federais, obtidos mediante aprovação de emenda de sua autoria ao Orçamento Geral da União (OGU), destinado à implantação da cultura do café no município de São Luiz do Anauá, em Roraima.

R$ 1 milhão à empresa de irmão

Com a aprovação da emenda, teria sido celebrado contrato, sem observância das regras previstas na Lei de Licitações (Lei 8666/93), sendo que os recursos teriam sido repassados quase integralmente (R$ 999.994,60 de R$ 1 milhão), à empresa Art Tec, especializada em terraplanagem e construção civil e pertencente, à época do contrato (no ano 2000), ao irmão (ex-prefeito do município) e à cunhada do deputado, respectivamente Emanuel Andrade da Silva e Andréa Cristina Batista Andrade da Silva.

Da denúncia consta, ainda, que a Art Tec não realizou a maior parte dos serviços contratados – limpeza de área e preparo para o plantio de mudas de café – e ainda superfaturou o valor das mudas em 84%.

Além disso, rastreamento da movimentação em conta bancária da Art Tec na Caixa Econômica Federal (CEF) autorizada pelo relator do Inquérito 2250, ministro Joaquim Barbosa, teria mostrado que, em duas datas de repasse de recursos do mencionado contrato pela prefeitura de Anauá à Art Tec, essa empresa teria depositado valores (R$ 56 mil e R$ 22 mil) em conta conjunta do deputado com um filho.

Veja mais no site do STF.

14 de fevereiro de 2010

Carnaval

Boa Vista - Intelectuais não apreciam carnaval porque racionalizam tudo.
Acadêmicos não apreciam carnaval porque não é explicável pela ciência.
Roqueiros não apreciam carnaval porque as músicas não oferecem som e fúria.
Budistas não apreciam carnaval porque lhes afasta do Nirvana.
Plantonistas de hospital e paramédicos não apreciam carnaval por causa da sobrecarga de trabalho.
Evangélicos não apreciam carnaval porque o consideram coisa maligna.
Há artistas que não apreciam carnaval porque o consideram uma bobagem alegre, alienação cultural, comércio do corpo e deturpação da alma.

De minha parte, concordo com todos.

11 de fevereiro de 2010

Sindicato repudia demissão no EM

Belo Horizonte - Enquanto isso... em um jornal mineiro....


O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais vem repudiar e manifestar sua estranheza quanto à demissão do jornalista Emmanuel Pinheiro, que exercia a função de repórter-fotográfico no jornal Estado de Minas.

Pinheiro foi demitido por justa causa sob alegação de falta grave por "ato de improbidade". Segundo ele, a empresa promoveu sua exclusão pelo fato de manifestar opinião em seu blog particular - www.pinheironafoto.blogspot.com - ao fazer comentários e análises comparativas sobre a edição fotográfica de vários veículos de comunicação impressa.

Entendemos que a atitude adotada pela direção do jornal caracteriza desrespeito à liberdade de expressão, já que o jornalista teve ferido seu direito à livre manifestação de expressão e opinião em espaço próprio - direito também defendido com bastante ênfase pelas entidades representativas do setor patronal de imprensa no país.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de MG manifesta sua solidariedade a Emmanuel Pinheiro e, desde já, coloca à sua disposição o seu Departamento Jurídico para que sejam preservados e reparados os seus direitos.

O presidente do SJPMG, Aloísio Morais, tentou contato com o diretor de redação do Estado de Minas, Josemar Jimenez, para ouvi-lo a respeito, mas não obteve retorno. Ao atender o celular às 15h14 minutos desta quarta-feira, 10/02, Josemar disse que encontrava-se em reunião e ficou de ligar dentro de "dois minutos", o que não ocorreu até a redação do texto final desta nota.


Belo Horizonte, 10 de fevereiro de 2010
Diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG)

19 de janeiro de 2010

Políticos e discursos

Boa Vista - Leio artigo de ghost-writer assinado pelo governador de Roraima e ainda me surpreendo com a capacidade inata de mentir dos políticos. Se assinam o que não escrevem, faz sentido descumprir o que prometem. Guiados pelo imaginário político, Roraima sedia uma espécie de Show de Truman, onde nada é real. Prometem pagar empréstimos milionários e melhorar saúde, estradas, educação (bocejo), como se Roraima tivesse construído, em 20 anos de existência, bases econômicas estáveis ou pelo menos uma mentalidade auto-sustentável para poder arrogar-se a algo mais que protetorado da União Federal. Vivemos uma pré-história do intelecto: somos enganados e agradecemos com sorrisos. Nenhum ex-governador é inocente.

Leia mais aqui.

3 de janeiro de 2010

Belo Horizonte - também... com a escola que ele teve. não poderíamos esperar muita coisa não.

15 de dezembro de 2009

Popular/impopular


Brasília - Sorry, Barack Obama, mas Lula é certamente a personalidade mais interesante do cenário internacional. A oratória e o domínio que tem sobre a platéia parece crescer a cada discurso, asim como os índices de popularidade que ostenta, maiores do que os do próprio governo.

O Ministro das Comunicaçãoes, Hélio Costa, que o diga. Falou antes de Lula e foi vaiado pela platéia, que o acusava de ligações intestinas com a Rede Globo - qual é a novidade?. Já durante a fala do presidente, a platéia interrompia seu discurso para dizer coisas como "O Brasil te ama, Lulinha".

Por isso é que bater em  Lula não dá certo. Se desse, gente como Diogo Mainardi mereceria algum respeito e venderia mais livros (?). O problema dos opositores de Lula é que sua resistência ao ex-sindicalista resvala no preconceito. Já vi acadêmicos e gente sem escola reclamar de sua baixa escolaridade, mas nada que se diga o torna menos popular e admirado.

Ágora

Brasília - Se Hemingway tivesse conhecido esta cidade, o título de "Paris é uma festa" teria sido diferente.

Nestes dias, Brasília é um centro de confraternização e um campo de batalha. Diversos encontros e conferências ocorrem por toda a cidade. O setor hoteleiro está lotado, o Sistema Único de Saúde faz programa de capacitação; manifestantes protestam contra politicos corruptos (o governador José Roberto Arruda é acusado de diversos crimes e o governador de Roraima, Anchieta Júnior, vai ser julgado aqui na quarta-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral); manifestantes protestam contra a falta de chamada em concurso público. Manifestantes protestam contra a desorganização da Conferência Nacional de Comunicação...

Enquanto isso, diante da Infraero e das Lojas Americanas, um cartaz pregado num poste informa: "Esta cidade é de Jesus".

A grande batalha da Conferência Nacional de Comunicação não será contra a inabilidade do Governo Federal em regular o setor ou contra a irresponsabilidade social da mída. O problema chama-se Telebrasil, a gigante criada com partes da Alcatel Lucent, Oi, Vivo, Claro, Tim, Acel, Abeprest e Brasil Telecom.

Durante as conferências estaduais, a Tele-Frankenstein abocanhou a maioria das vagas em diversos estados. Companheira do Tocantins informa que lá a fatia das teles foi expressiva, apesar da mobilização do setor empresarial local. Em Roraima, a Telebrasil ainda ficou com 40 por cento das vagas do setor empresarial.

A Telebrasil está disposta, como Galactus, a devorar tudo o que encontra pela frente. Além de fornecer serviços de telefonia fixa, móvel, internet discada e em banda larga, o monstro quer abocanhar generosas fatias da televisão por assinatura e fornecer serviços para o setor público. Os diversos contratos da Telefonica com o Governo de São Paulo que o digam.

Isso é perigoso. Os governos (principalmente o Federal) precisam ter sua própria plataforma de comunicações, para não depender do setor privado. Uma coisa é participar da mobilização mundial em favor do neo-liberalismo travestido de responsabilidade social. Outra é cometer este suicídio logístico e de segurança.

Precisamos fazer aqui, no Centro de Convenções Ullysses Guimarães, uma composição que envolva os três setotes (público, civil e empresarial) contra o monstro que se anuncia.

5 de novembro de 2009

UnoAmérica divulga carta aberta contra o ingresso de Chávez no Mercosul


Carta aberta da UnoAmérica contra o ingresso de Chávez no Mercosul (II)

Ao Senado Federal

Em decisão favorável ao ingresso da Venezuela no Mercosul, contra o parecer do Senador Tasso Jereissati (PSDB) e em detrimento da “cláusula democrática” dessa União aduaneira, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), do Senado Federal, deixou caminho aberto para a expansão do socialismo do séc. XXI de Hugo Chávez aos países membros. A presença do Prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, em audiência pública na CRE, defendendo o ingresso de seu país ao bloco, acabou facilitando a aprovação do protocolo de adesão, não obstante seja Ledezma um dos principais opositores a Chávez e tenha denunciado a ditadura existente na Venezuela (ouça-se a exposição de Ledezma na Rádio Senado: http://www.senado.gov.br/radio/pro_visao.asp#proximo).
Desse modo, em obediência às normas que regem o Mercosul, não pode prosperar a decisão da CRE que acatou e deixou-se influenciar pelos argumentos de Ledezma, pois a Venezuela caminha a passos largos para tornar-se uma ditadura comunista a exemplo de Cuba. Ledezma, como é fato notório, é um homem acossado pelo regime ditatorial de Hugo Chávez, razão pela qual seus critérios não são críveis nessa situação, nem podem ser levados em consideração em decisão de tal magnitude, conforme denunciou (anteriormente à audiência pública) a carta aberta da UnoAmérica de 13 de outubro último: v. http://www.dcomercio.com.br/Materia.aspx?id=29720.
Pede-se, ademais, ao Senado Federal, sejam considerados fatos da mais alta relevância ocorridos no dia da aprovação do ingresso da Venezuela no Mercosul pela CRE (dia 29 último)): 11 (onze) funcionários da Prefeitura de Caracas, vítimas de prisões arbitrárias (desde 26 de agosto de 2009) e da implacável perseguição de Hugo Chávez a Ledezma, foram soltos e recepcionados por Ledezma imediatamente após e no mesmo dia da decisão da CRE, que beneficiou o presidente venezuelano, tudo indicando haver correlação entre os fatos (v. http://www.noticierodigital.com/?p=58155). Portanto, ao tomar conhecimento desse episódio, cuja existência ou mesmo dúvida poderá ter viciado todo o processo de decisão da adesão da Venezuela ao Mercosul, espera-se que o Senado Federal proceda às providências necessárias para esclarecê-los, a fim de que seja adiada a votação em Plenário e, ao final, se confirmados os acontecimentos, seja rejeitado o ingresso da Venezuela no Mercosul, pois não se pode aceitar uma possível intervenção ilícita de Hugo Chávez no processo de decisão do Senado brasileiro, no caso da votação do protocolo de adesão.
Veja-se a esse respeito a análise de Graça Salgueiro no artigo "O preço do resgate: passaporte para o Mercosul", publicado no site do analista político Heitor De Paola, ambos Delegados da UnoAmérica:http://www.heitordepaola.com/publicacoes_materia.asp?id_artigo=1376.

São Paulo, 02 de novembro de 2009

Marcelo Cypriano Motta
Delegado da UnoAmérica no Estado de São Paulo
Delegado do Grupo 11 (Venezuela) no Brasil
Membro do Conselho Cívico e Cultural da Associação Comercial de São Paulo
Filiado ao Democratas (DEM)

26 de outubro de 2009

Maitê Proença irrita portugueses

Republicamos aqui um post do jornalista Antunes Ferreira sobre como o "jeitinho" brasileiro pode ser ofensivo:


O mal e a caramunha

Esta semana que hoje termina foi dominada pelo caso Maitê Proença. O assunto, de tão divulgado, comentado e criticado, é do conhecimento generalizado. Mesmo assim, aqui o resumo. A «senhora», que já por várias vezes este por cá – para representar em palco e promover os livros de sua autoria, ou seja, para aumentar a sua conta bancária com a colaboração dos Portugueses – tinha feito um vídeo sobre o nosso País em que escarnecia dos Tugas, ou seja, nos insultava com a gozação, e que passara na TV Globo já em 2007, mais precisamente no programa «Saia Justa».

Mas, ainda que com um belo atraso, o episódio chegou aqui. Um chorrilho de asneiras, umas atrás das outras que culminavam com a «distinta» actriz a cuspir na água da fonte existente nos Jerónimos. Coisa pouca, por conseguinte. Sabem-no todos: existe neste País um ditado que reza que quem não se sente, não é filho de boa gente. E os Lusos sentiram que tinham sido ofendidos – e de que maneira. A velha estória de morder a mão que lhe dá de comer.

As televisões passaram o desgraçado vídeo, no qual um grupo feminino (ao que parece constituído pelos elementos do programa e pela própria Maitê Proença) gozava com as alarvidades que a «dona» fabricara. A internet, em consonância com os ecrãs, ampliou o miserável assunto, com a força que se lhe reconhece. Os cidadãos aumentaram o tom dos comentários, excedendo-se até em muitas circunstâncias.


Leia mais no blog do Antunes Ferreira.

28 de setembro de 2009

Estudo demonstra que a produção de etanol e biodiesel consome mais energia do que aquela proporcionada por estes combustíveis


por Susan S. Lang

Converter plantas como milho, soja e girassol em combustível gasta mais energia do que o etanol ou o biodiesel fabricado, segundo um novo estudo da Universidade de Cornell e da Universidade da Califórnia (Berkeley)

"Não há benefício energético em utilizar a biomassa das plantas para produzir combustíveis líquidos", afirma David Pimentel, professor de ecologia e agricultura em Cornell. "Estas estratégias não são sustentáveis".

Pimentel e Tad W. Patzek, professor de engenharia civil em ambiental em Berkeley, efectuaram uma análise pormenorizada dos rácios energéticos dos inputs para produzir etanol a partir da biomassa de milho, capim (switch grass) e madeira, bem como para produzir biodiesel a partir da soja e do girassol. O seu relatório está publicado em Natural Resources Research (Vol. 14:1, 65-76) .

Em termos de output de energia comparado com o input para a produção de etanol o estudo descobre que:
  • o milho exige 29 por cento mais energia fóssil do que o combustível produzido;
  • o capim exige 45 por cento mais energia fóssil do que o combustível produzido;
  • a biomassa da madeira exige 57 por cento mais energia fóssil do que o combustível produzido.

    Em termos de output de energia comparado com o input para a produção de energia, o estudo descobre que:

  • a plantação de soja exige 27 por cento mais energia fóssil do que o combustível produzido; e
  • a plantação de girassol exige 118 por cento mais energia fóssil do que o combustível produzido.

    Na avaliação dos inputs os investigadores consideraram factores tais como a energia utilizada para produzir a colheita (incluindo produção de pesticidas e fertilizantes, movimentar maquinaria agrícola e de irrigação, trituração e transporte da colheita) e na fermentação/destilação do etanol a partir da mistura aquosa. Embora se verifiquem custos adicionais, tais como subsídios federal e estaduais que são transferidos para consumidores e custos associados à poluição ou degradação ambiental, estes números não foram incluídos na análise.

    "Os Estados Unidos precisam desesperadamente de um combustível líquido de substituição do petróleo no futuro próximo", afirma Pimentel, "mas produzir etanol ou biodiesel a partir da biomassa das plantas é tomar o caminho errado, porque você utiliza mais energia para produzir estes combustíveis do que aquela que você obtém a partir da combustão destes produtos".

    Embora Pimentel advogue a utilização da queima da biomassa para produzir energia térmica (para o aquecimento de casas, por exemplo), ele lamenta o uso da biomassa para combustíveis líquidos. "O governo gasta mais de US$ 3 mil milhões por ano para subsidiar a produção de etanol quando esta não proporciona um balanço líquido de energia, ou ganho, não é uma fonte de energia renovável ou um combustível económico. Além disso, a sua produção e utilização contribuem para a poluição do ar, da água e do solo e para o aquecimento global", afirma Pimentel. Ele salienta que a vasta maioria dos subsídios não vai para agricultores e sim para grandes corporações produtoras de etanol.

    "A produção de etanol nos Estados Unidos não beneficia a segurança energética do país, sua agricultura, economia ou o ambiente", declara Pimentel. "A produção de etanol exige grandes inputs de energia fóssil e, portanto, ela está a contribuir para importações de petróleo e gás natural e para défices americanos". Ele considera que o país deveria, ao invés disso, centrar seus esforços na produção de energia eléctrica a partir de células fotovoltaicas, energia eólica e queima da biomassa e produzir combustível a partir da conversão do hidrogénio.

    05/Julho/2005

    Resumo do estudo "Ethanol Production Using Corn, Switchgrass, and Wood; Biodiesel Production Using Soybean and Sunflower" de David Pimentel e Tad W. Patzek (ISSN: 1520-7439):
    Abstract: Energy outputs from ethanol produced using corn, switchgrass, and wood biomass were each less than the respective fossil energy inputs. The same was true for producing biodiesel using soybeans and sunflower, however, the energy cost for producing soybean biodiesel was only slightly negative compared with ethanol production. Findings in terms of energy outputs compared with the energy inputs were: • Ethanol production using corn grain required 29% more fossil energy than the ethanol fuel produced. • Ethanol production using switchgrass required 50% more fossil energy than the ethanol fuel produced. • Ethanol production using wood biomass required 57% more fossil energy than the ethanol fuel produced. • Biodiesel production using soybean required 27% more fossil energy than the biodiesel fuel produced (Note, the energy yield from soy oil per hectare is far lower than the ethanol yield from corn). • Biodiesel production using sunflower required 118% more fossil energy than the biodiesel fuel produced.
    Key Words: Energy - biomass - fuel - natural resources - ethanol - biodiesel
    O estudo pode ser adquirido em http://springerlink.metapress.com/ .


    O original encontra-se em
    http://www.news.cornell.edu/stories/July05/ethanol.toocostly.ssl.html



  • Biocombustíveis: florestas pagam o preço


    por Fred Pearce

    O impulso para a "energia verde" no mundo desenvolvido está a ter o efeito perverso de fomentar a destruição das florestas húmidas tropicais. Desde as reservas de orangotangos no Bornéu até à Amazónia brasileira, florestas virgens estão a ser arrasadas a fim de produzir óleo de palma e soja para abastecer automóveis e centrais de energia eléctrica na Europa e na América do Norte. A escalada de preços provavelmente acelerará a destruição.

    A pressa em produzir energia a partir de óleos vegetais está a ser impulsionada, em parte, por directivas da União Europeia que obrigam a misturar biocombustíveis aos combustíveis convencionais, e também por subsídios equivalentes a cerca de 20 pence (0,30 €) por litro. Na semana passada, o governo britânico anunciou a meta de que os biocombustíveis deveriam atingir 5% nos transportes até 2010. O objectivo é ajudar a cumprir as metas do protocolo de Quioto quanto à redução das emissões dos gases de efeito estufa.

    A procura crescente de energia verde levou a um aumento súbito do preço internacional de óleo de palma com consequências potencialmente danosas. "A expansão da produção de óleo de palma é uma das principais causas de destruição de florestas húmidas no sudeste asiático. É um dos produtos que maior dano ambiental provoca no planeta", afirma Simon Counsell, director da "Rainforest Foundation" com sede no Reino Unido. "Mais uma vez, parece que estamos a tentar resolver os nossos problemas ambientais despejando-os nos países em vias de desenvolvimento, onde eles têm efeitos devastadores sobre a população local".

    A principal alternativa ao óleo de palma é o de soja. Mas a soja é a maior causa de destruição da floresta húmida na Amazónia brasileira. Apoiantes dos biocombustíveis argumentam que eles podem ser "neutros" no ciclo do carbono porque o CO 2 libertado na sua queima é reabsorvido na plantação seguinte. O interesse é maior nos motores de ciclo diesel, que podem funcionar sem modificações também com óleos vegetais, e na Alemanha a produção de biodiesel duplicou desde 2003. Também há planos para a queima de óleo de palma em centrais eléctricas. "Mais uma vez, estamos a tentar resolver os nosso problemas ambientais empurrando-os para os países em vias de desenvolvimento".

    Até há pouco tempo, o pequeno mercado europeu de biocombustíveis era dominado pela produção local de óleo de colza (canola). Mas a procura acrescida no mercado alimentar também fez aumentar o preço de óleo de colza. Isto levou os fabricantes de combustível a optarem pelo óleo de palma e de soja, em substituição. Os preços de óleo de palma saltaram então 10% só no mês de Setembro e prevê-se que subam 20% no próximo ano, enquanto a procura global por biocombustíveis está agora a crescer à taxa de 25% ao ano.

    Roger Higman, da associação "Amigos da Terra" do Reino Unido, que apoia os biocombustíveis, diz: "Precisamos assegurar que as colheitas usadas para fazer o combustível foram cultivadas de um modo sustentável ou então teremos as florestas húmidas deitadas abaixo para dar lugar a plantações de óleo de palma destinado a fabricar biodiesel".

    O original encontra-se em http://www.newscientist.com/article.ns?id=mg18825265.400 , revista New Scientist nº 2526, 22/Novembro/2005, pág. 19. Tradução de Alexandre Leite.