Belo Horizonte - Na época em que me preparava para defender o projeto de final de curso, um documentário, fruto de 18 meses de trabalho árduo, leituras incessantes e descobertas saborosas. Em uma de minhas conversas com a orientadora, construímos o que seria a última questão que me tiraria o sono durante o restante da graduação: na atual sociedade, somos tomados por uma enxurrada de imagens, talvez não fosse a hora de olhar para todos esses signos com menos preconceito? E mais, não seria a hora de começarmos a pensar em como inserir mais imagens – com qualidade – nesse universo? Isso deu muito pano para manga e anotações para o dr. maluco.
alguns anos se passaram... e num é que trabalhando na 13ª Mostra de Cinema de Tiradentes 2010, não me deparei mais uma vez com a velha questão? E o que me consola, é que dessa vez o assunto pairou no discurso do homenageado do festival, o cineasta Karim Aïnouz - o cara é cearense e rodou Madame Satã, O Céu de Suely, Viajo Porque Preciso, Volto Porque te Amo, entre tantos outros. Confira (a qualidade do vídeo não das melhores... mas o áudio está bom):
o fato da mostra ter escolhido Aïnouz como homenageado também é assunto cheio, mas isso fica para a próxima.