Portugal ocupa uma posição única do nosso país. Diria que uma posição central! Partilhamos centenas de anos de uma ligação colonial que, apesar da dimensão óbvia da subjugação, une povos e culturas (...) e forja uma nova identidade, ajudando-nos a progredir de comunidades tribais para um Estado-nação.
José Ramos Horta, no blog da Nova Águia.
31 de agosto de 2009
18 de agosto de 2009
Censura contra blogs vira moda no Brasil. Rebele-se contra isso
Boa Vista - Algo de muito perigoso acontece no Brasil e poucos estão dando a devida atenção ao fato. De Norte a Sul, políticos e instituções incomodados com jornalistas e cidadãos que se utilizam de blogs para usufruir do seu direito constitucional à livre expressão estão sendo censurados.
Tudo começou em 2006 com a perseguição do senador José Sarney (PMDB-AP) à jornalista
e blogueira Alcinéa Cavancante, no Amapá. Essa corajosa jornalista teve seu primeiro blog deletado do UOL, de forma muito estranha, e hoje acumula multas aplicadas pela justiça amapaense que já beiram R$ 1 milhão. Mesmo assim ela resiste bravamente.
No dia 6 de agosto foi a vez do blog jornalístico A Nova Corja, do Rio Grande do Sul, encerrar as suas atividades em decorrência de ações judiciais que minaram a resistência dos responsáveis pela página.
O blog vinha divulgando uma séria de matérias nas quais denunciava corrupção no governo de Yeda Crusius. O último blogueiro do A Nova Corja a continuar postando foi Rodrigo Álvares, que publicou o post de despedida em 6 de agosto.
Agora, em Santa Catarina, uma nova onda de censura pretende abater o blog do professor Roberto Moraes. E o pior de tudo, a perseguição parte de um jornal.
Essa onda de processos contra blogueiros fere frontalmente os preceitos constitucionais que nos garantem a liberdade de livre expressão de pensamentos e ideias, como assinalado nos artigos e incisos que transcrevo abaixo.
Art. 5°, IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
Art. 5°, IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
Art. 220 – A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a. informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§1° – Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5°, IV, V, X, XIII e XIV;
§2° – É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
Nós não podemos aceitar esse tipo de coisa. Todos os blogueiros, todas as pessoas que lutam pelos direitos individuais e coletivos devem se manifestar contra a censura. Afinal, somos uma Nação democrática, com uma Constituição libertária que precisa ser respeitada.
Tudo começou em 2006 com a perseguição do senador José Sarney (PMDB-AP) à jornalista
e blogueira Alcinéa Cavancante, no Amapá. Essa corajosa jornalista teve seu primeiro blog deletado do UOL, de forma muito estranha, e hoje acumula multas aplicadas pela justiça amapaense que já beiram R$ 1 milhão. Mesmo assim ela resiste bravamente.
No dia 6 de agosto foi a vez do blog jornalístico A Nova Corja, do Rio Grande do Sul, encerrar as suas atividades em decorrência de ações judiciais que minaram a resistência dos responsáveis pela página.
O blog vinha divulgando uma séria de matérias nas quais denunciava corrupção no governo de Yeda Crusius. O último blogueiro do A Nova Corja a continuar postando foi Rodrigo Álvares, que publicou o post de despedida em 6 de agosto.
Agora, em Santa Catarina, uma nova onda de censura pretende abater o blog do professor Roberto Moraes. E o pior de tudo, a perseguição parte de um jornal.
Essa onda de processos contra blogueiros fere frontalmente os preceitos constitucionais que nos garantem a liberdade de livre expressão de pensamentos e ideias, como assinalado nos artigos e incisos que transcrevo abaixo.
Art. 5°, IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
Art. 5°, IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
Art. 220 – A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a. informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§1° – Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5°, IV, V, X, XIII e XIV;
§2° – É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
Nós não podemos aceitar esse tipo de coisa. Todos os blogueiros, todas as pessoas que lutam pelos direitos individuais e coletivos devem se manifestar contra a censura. Afinal, somos uma Nação democrática, com uma Constituição libertária que precisa ser respeitada.
10 de agosto de 2009
3 de agosto de 2009
Milícias atacam indígenas em Roraima
Boa Vista - Até o final da tarde de segunda-feira (3), nenhuma atitude foi tomada pelo governo brasileiro para impedir novos ataques por assentados do Projeto Nova Amazônia contra indígenas da comunidade Lago da Praia, região do Murupu.
Uma milícia armada conduz o estado de terror na região, usando técnicas de guerrilha. Destruir a infra-estrutura de comunicação, as escolas e os postos de saúde são ações para promover a desestabilização e ocupação de terras. Um ato de guerra declarado em plena terra indígena e autorizado pela omissão do Estado.
Os ataques se intensificaram na semana passada, quando milícias motorizadas agrediram verbalmente e espancaram agentes de saúde e o motorista que faz o transporte escolar. No final de julho, homens de moto encapuzados e armados de facões depredaram e queimaram uma casa, um posto de saúde com todos os equipamentos e remédios, uma escola e o sistema de rádio da comunidade.
Apesar dos ataques, ninguém foi preso pelas polícias Civil e Militar. A denúncia foi encaminhada à Polícia Federal, mas quem acabou detido foi o indígena Juliano Pereira da Silva, uma das vítimas das agressões.
Alguns moradores da comunidade fugiram para Boa Vista. Os que ficaram não conseguem dormir à noite com medo de novos ataques e de ter suas casas incendiadas. Apesar da situação insustentável, nada foi feito.
(Conselho Indígena de Roraima)
Uma milícia armada conduz o estado de terror na região, usando técnicas de guerrilha. Destruir a infra-estrutura de comunicação, as escolas e os postos de saúde são ações para promover a desestabilização e ocupação de terras. Um ato de guerra declarado em plena terra indígena e autorizado pela omissão do Estado.
Os ataques se intensificaram na semana passada, quando milícias motorizadas agrediram verbalmente e espancaram agentes de saúde e o motorista que faz o transporte escolar. No final de julho, homens de moto encapuzados e armados de facões depredaram e queimaram uma casa, um posto de saúde com todos os equipamentos e remédios, uma escola e o sistema de rádio da comunidade.
Apesar dos ataques, ninguém foi preso pelas polícias Civil e Militar. A denúncia foi encaminhada à Polícia Federal, mas quem acabou detido foi o indígena Juliano Pereira da Silva, uma das vítimas das agressões.
Alguns moradores da comunidade fugiram para Boa Vista. Os que ficaram não conseguem dormir à noite com medo de novos ataques e de ter suas casas incendiadas. Apesar da situação insustentável, nada foi feito.
(Conselho Indígena de Roraima)
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